A qualidade na confecção é um dos fatores mais importantes para o sucesso de uma marca no setor têxtil. A crescente concorrência, somada à maior exigência dos consumidores, faz com que a qualidade dos produtos vá além de um diferencial e se torne uma necessidade para empresas que desejam se manter relevantes no mercado.

Um controle de qualidade eficiente reduz falhas na produção, minimiza desperdícios, melhora a experiência do cliente e evita prejuízos com devoluções ou insatisfação do consumidor. Além disso, manter um padrão elevado de qualidade ajuda a consolidar a credibilidade da marca e a fortalecer o relacionamento com fornecedores e clientes.

Mas como garantir que cada peça produzida esteja dentro dos padrões esperados? Este artigo apresentará um guia completo sobre as melhores práticas para garantir o controle de qualidade na confecção, abordando desde a escolha da matéria-prima até auditorias e o uso de tecnologias inovadoras para otimizar processos.

 

• 35% das devoluções no setor têxtil ocorrem devido a falhas de fabricação.
• 60% dos consumidores priorizam qualidade sobre preço na decisão de compra.
• Empresas que implementam controle de qualidade reduzem perdas em até 40%.

Fonte: Relatórios do setor têxtil e vestuário (2023)

 

Normas Técnicas e Certificações para a Qualidade na Confecção

Para garantir que as peças confeccionadas atendam a padrões de qualidade reconhecidos, é fundamental seguir normas técnicas e buscar certificações do setor têxtil. Essas regulamentações ajudam a padronizar os processos e asseguram que os produtos atendam aos critérios exigidos pelo mercado.

Principais normas aplicáveis ao setor têxtil:

• ISO 9001 – Certificação internacional para gestão da qualidade, garantindo que os processos sejam otimizados para reduzir falhas e desperdícios.
• ABNT NBR 16060 – Regulamentação da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que define padrões de qualidade para confecção no Brasil.
• OEKO-TEX Standard 100 – Certificação internacional que assegura a ausência de substâncias nocivas em tecidos e insumos têxteis.
• Normas ASTM D5034 e D5035 – Regulamentos que testam a resistência dos tecidos e costuras para garantir que as peças não apresentem falhas estruturais.

Exemplo:

Uma confecção que deseja exportar seus produtos para a Europa precisa garantir conformidade com o OEKO-TEX Standard 100, pois muitos varejistas internacionais não aceitam fornecedores sem essa certificação. O selo garante que os tecidos utilizados estejam livres de substâncias tóxicas, protegendo a saúde do consumidor e atendendo às normas ambientais.

 

 

Seleção de Fornecedores e Matéria-Prima

A qualidade do produto final depende diretamente da matéria-prima utilizada. Trabalhar com fornecedores confiáveis e realizar inspeções rigorosas dos tecidos e insumos é essencial para evitar falhas no processo produtivo e garantir a durabilidade e o acabamento das peças.

Os tecidos podem apresentar variações de textura, gramatura, elasticidade e tonalidade, e essas diferenças podem comprometer a qualidade final do produto. Por isso, antes de iniciar a produção, é essencial realizar testes e validar as amostras enviadas pelo fornecedor.

Critérios para Selecionar um Bom Fornecedor

• Certificações de qualidade (ISO 9001, OEKO-TEX, ABNT) que comprovam o comprometimento do fornecedor com altos padrões.
• Histórico de entrega consistente, sem variações na qualidade dos materiais entre os lotes.
• Fornecimento de amostras para teste, garantindo que o tecido atenda às especificações desejadas.
• Capacidade de oferecer tecidos com resistência, elasticidade e gramatura adequadas ao tipo de vestuário produzido.

Exemplo:

Uma marca de moda esportiva que deseja produzir leggings de alta compressão precisa testar a elasticidade dos tecidos antes de iniciar a produção. Se a gramatura e a composição do tecido não forem ideais, a peça pode perder sua função de compressão ou sofrer desgaste precoce. Por isso, a empresa solicita ao fornecedor amostras para análise, testando a resistência antes de firmar contrato.

 

Controle de Qualidade no Processo de Produção

O controle de qualidade deve ser aplicado em todas as etapas da produção, desde a inspeção da matéria-prima até a verificação final do produto acabado. Esse acompanhamento garante que erros sejam identificados rapidamente, evitando custos com retrabalho e desperdícios.

Fases do Controle de Qualidade

1. Inspeção da Matéria-Prima: Verificação detalhada de tecidos, fios, aviamentos e outros insumos antes do corte.
2. Monitoramento na Costura: Checagem da regulagem das máquinas, alinhamento dos pontos e tensão do fio.
3. Revisão do Acabamento: Avaliação de bainhas, botões, etiquetas e estampas para garantir um acabamento impecável.
4. Teste de Lavagem e Encolhimento: Avaliação da resistência do tecido e estabilidade dimensional.
5. Embalagem e Expedição: Conferência final para evitar que peças com defeitos sejam enviadas ao consumidor.

Exemplo:

Uma fábrica de jeans realiza testes de lavagem antes do envio das peças, garantindo que o tecido não desbote de forma irregular e que as costuras resistam ao uso prolongado.

 

Conclusão

Garantir um alto padrão de qualidade na confecção exige uma abordagem estratégica e um processo de controle rigoroso em todas as etapas produtivas. Desde a seleção da matéria-prima até a inspeção final, cada detalhe influencia o desempenho do produto no mercado.

A implementação de normas técnicas, auditorias, testes rigorosos e tecnologias avançadas não só melhora a eficiência da produção, mas também reduz perdas, evita retrabalho e fortalece a reputação da marca. Empresas que investem em qualidade conquistam maior fidelização do consumidor, aumentando sua competitividade no setor têxtil.

 

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